Em busca do crescimento lucrativo

Nunca antes na historia vivemos um momento tão interessante e perigoso para se fazer negócios. Algo mudou profundamente o mundo.

Luís Augusto Lobão
9 de Novembro de 2014

Nunca antes na historia vivemos um momento tão interessante e perigoso para se fazer negócios. Algo mudou profundamente o mundo. Segundo previsões da consultora Bain & Company, daqui a dez anos, duas em cada três empresas não existirão como são atualmente. Uma existirá devido à falência ou aquisição. Outra terá o core business completamente diferente. Apenas uma em cada três será semelhante ao que é hoje.

Mas o que fazer quando uma fórmula de sucesso aparentemente chega ao limite antes do esperado? Como reconhecer o potencial máximo de seu negócio principal? A resposta talvez esteja nos “activos ocultos”. O que isso quer dizer é que muitas empresas têm cartas vencedoras na mão, mas não sabem disso. Activos que não fazem parte central da estratégia, mas onde se encontra a chave para o futuro. Um activo oculto (invisível, negligenciado, esquecido), é algo que você possui, mas cujo o valor e potencial ainda é desconhecido, ou não se deu conta. Quanto mais complexa, grande ou estabelecida for sua empresa, maiores serão as hipoteses de você possuir vários activos ocultos, alguns deles verdadeiros tesouros escondidos na organização.

Há três tipos de activos ocultos para a renovação estratégica: plataformas de negócio subvalorizadas, clientes inexplorados e competências subutilizadas. No primeiro conjunto tratamos de adjacências subdesenvolvidas, funções de suporte com possibilidade de negócios e serviços associados. Junto aos clientes, podemos identificar segmentos não-reconhecidos, acesso ou confiança privilegiada e dados e informações subutilizadas. Em relação às competências podemos listar aquelas que ainda são invisíveis, que não pertencem ao core mas que se destacam e habilidades core subalavancadas.

A descoberta de uma “mina de ouro” de activos ocultos não resolve o problema. Encontrar e implementar as estratégias certas é o que faz a diferença. Cuidado, não estamos a dizer  aqui que a excelência operacional é um destes activos ocultos, na verdade a paixão pela excelência operacional e pela busca do baixo custo como plataforma de crescimento é um erro, pois no longo prazo não há criação de valor ou renovação. A excelência operacional por si só não é um substituto para a estratégia, pois a estratégia fornece um mapa para o futuro, um foco claro no cliente, uma determinação dos seus diferenciais em relação aos concorrentes. A eficiência operacional é um ingrediente essencial em praticamente todas as renovações estratégicas duradouras, mas como base, ou seja, não deve ser descurada.

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