Economia Vitaminada

Portugal está defronte uma mudança irreversível de paradigma e na forma como nos relacionamos com o Estado

Paulo Ferreira
22 de Dezembro de 2015

Portugal está defronte uma mudança irreversível de paradigma e na forma como nos relacionamos com o Estado, esses exemplos estão patentes no emprego público, cada vez menos atrativo, na diminuição gradual da intervenção direta e indireta na Economia. Mas, esta alteração conduziu a outro tipo de problemas como: o êxodo do país da geração mais qualificada que Portugal já teve, agravando o problema do envelhecimento da população residente, até à própria sustentabilidade da segurança social e do estado providência.

Para que esta mudança de paradigma tenha sucesso é necessário uma iniciativa privada forte, com níveis de competitividade e competências internacionalmente concorrenciais, que conduza à criação de riqueza e criação de emprego, que permita sonhar com um futuro mais sustentável.

Neste momento apesar das incertezas oriundas do panorama internacional com a Grécia e o Euro, com a descida do preço do petróleo que leva a parar o crescimento económico de alguns países emergentes, com especial destaque para a Rússia e Brasil, ou para Angola e respetivo impacto nas empresas portugueses que encontraram lá uma alternativa ao mercado interno estagnado. Vive-se um momento de crucial importância que vai marcar a próxima década do país, com o lançamento de duas medidas estruturais:

  1. Portugal 2020 com prioridade à Competitividade e Internacionalização da economia. Estão já abertas as candidaturas a investimento na Exploração Agrícola e na Transformação e\ Comercialização de Produtos Agrícolas, Incentivos à Qualificação e Internacionalização das PME e Estratégias para o desenvolvimento local. É fundamental que as empresas estejam atentas aos programas que vão sendo abertos e preparadas para apresentar projetos fundamentados e conjuntos com outras entidades.
  2. Finalmente o arranque da Instituição Financeira de Desenvolvimento, conhecida como o novo “Banco de Fomento” que visa colmatar as insuficiências de mercado no financiamento das PME - Pequenas e Médias Empresas, uma queixa recorrente dos empresários, designadamente ao nível da capitalização e do financiamento a longo prazo da atividade produtiva. Esta instituição funcionará como um operador grossista sendo que as soluções financeiras chegarão ao mercado através das instituições financeiras a operar no mercado.

Estamos pois perante oportunidades únicas que condicionarão de forma decisiva o panorama da Economia Nacional.

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