Nos últimos anos
assistimos à diversificação da sua utilização em acessórios, a malas e até
roupa.
Com a liderança,
reconhecimento mundial e consciente da importância de inovar e acrescentar
valor ao seu produto base, a Corticeira Amorim criou em 2014 a Amorim Cork
Ventures com o objetivo de apoiar empreendedores com ideias e aplicações
inovadoras para o setor da cortiça.
Depois de mais
de um ano de trabalho eis que surge no mercado o primeiro produto resultado da
incubação da Startup EcoChic - As Portuguesas. Com um conceito Eco-friendly,
mas cheios de estilo, estes chinelos destacam-se dos produtos concorrentes por
apresentarem uma tira mais ergonómica, uma maior resistência na ligação
tira-sola e uma maior aderência em pisos molhados.
A parceria entre
Pedro Abrantes, autor da ideia e empreendedor, e a Amorim Cork Ventures,
resultou numa coleção com 11 modelos para segmentos masculino e feminino mas
fundamentalmente para um consumidor trendy, descomprometido mas sofisticado e
fundamentalmente com preocupações ambientais.
Pode escolher as
suas ASPORTUGUESAS na loja on line da marca e brevemente encontra-las em lojas
multimarca com os preços a variar entre 26,90€ e os 39,90€.
O conceito deste
novo produto tem atraído a atenção no mercado nacional, mas também já no
mercado global.
Conversa com Paulo Bessa, Diretor na Amorim Cork Ventures
SG - Como surge a Amorim Cork Ventures dentro do grupo?
PB - A inovação é um dos pilares da atividade da
Corticeira Amorim, pelo que a criação da Amorim Cork Ventures foi um passo
natural na evolução da empresa que, como líder mundial, tem uma posição
privilegiada para apoiar empreendedores que se queiram juntar à Corticeira
Amorim na sua missão de acrescentar valor à cortiça.
Neste âmbito, a incubadora de negócios -
Amorim Cork Ventures - surgiu com o propósito de fomentar a
criação/projeção de novos produtos e negócios com cortiça, orientados
fundamentalmente para os mercados externos, proporcionando aos empreendedores o
acesso não apenas a financiamento, como também a competências de gestão,
know-how e a redes de contatos em diferentes setores e países.
SG - O que pode esperar o empreendedor que pretende apresentar uma ideia?
PB - Os empreendedores interessados podem apresentar a
sua ideia ou projeto a qualquer momento. Temos vindo a privilegiar as calls, na
medida em que nos permitem definir prazos concretos para análise e decisão, mas
naturalmente que recebemos ideias durante todo o ano.
No âmbito das calls, após a fase de triagem, os
empreendedores selecionados beneficiarão de um programa de aceleração que lhes
permitirá apresentar à Amorim Cork Ventures uma proposta de negócio. A decisão
de investimento por parte da ACV materializa-se, em alguns casos, num período
de incubação para desenvolvimento de algumas dimensões do negócio (que poderá
incluir por exemplo a prototipagem) e, noutros casos, a decisão de constituir
uma nova empresa/startup com os empreendedores.
O apoio dado pela Amorim Cork Ventures aos
incubados ultrapassa o âmbito de mero financiamento e contempla o acesso a um
conjunto de competências técnicas, de gestão, a redes de contactos em
diferentes setores e países, além de condições físicas (instalações) e acesso a
um conjunto de tecnologias e métodos de produção.
PB - Além de se manter a procura por novos projetos e
empreendedores em Portugal, estamos em vias de anunciar o primeiro programa
internacional da Amorim Cork Ventures, um marco fundamental para aquela que é a
primeira incubadora e capital de risco dedicada exclusivamente a negócios com
cortiça, orientados para os mercados externos. Note-se que, mesmo antecedendo
qualquer esforço de internacionalização, a empresa já recebeu propostas de 13
países, reforçando também a importância de alargar o âmbito da sua atuação. A
grande diversidade de projetos que recebemos até ao momento comprova de facto a
versatilidade da matéria-prima cortiça. Para o futuro, esperamos que as
características técnicas da cortiça sejam cada vez mais conhecidas e exploradas
e que daí resultem novas aplicações e negócios para a Amorim Cork Ventures e
para o setor da cortiça.