A Família Empresária e o Empreendedorismo

Partindo do conceito base de Joseph Schumpeter, o empreendedor é uma pessoa versátil e que consegue:

António Costa
1 de Julho de 2017
  • Identificar uma oportunidade de negócio associada a um potencial mercado com uma necessidade para ser satisfeita;
  • reunir capital para financiar um conjunto de recursos (equipamentos), pessoas e atividades imprescindíveis à execução de todas as atividades de conceção, produção, comunicação e comercialização do produto ou serviço;
  • articular todos os elementos de forma a assegurar uma continuidade da laboração e satisfação dos clientes, para assegurar os retornos financeiros adequados à manutenção da atividade e consequente remuneração do capital reunido (sócios e empréstimos).

Aparecendo na maioria das vezes associado à constituição de uma empresa, um empreendedor nascido numa família dedicada aos negócios tem uma envolvente mais favorável ao desenvolvimento das suas ideias de investimento.

Existem famílias empresárias que possuem um ambiente de potenciação do empreendedorismo familiar: incentivam as gerações mais novas a idealizarem novos negócios e a “vender” a ideia à família. Se esta a “comprar”, assume-se como um verdadeiro “business angel”, disponibilizando uma parte ou a totalidade dos fundos necessários ao seu desenvolvimento, dando apoio nas áreas que possua conhecimento proporcionado por alguns dos seus membros e, obviamente, desejando que o seu membro familiar seja o principal líder desse empreendimento.

Por outro lado, determinadas empresas familiares potenciam a génese de novos negócios no seu seio, partam as ideias de pessoas da família ou de outros colaboradores. Este conceito de intra-empreendedorismo pode proporcionar diversas vantagens pois, para além da componente financeira, a própria organização pode ser a incubadora do projeto e disponibilizar variados recursos ou conhecimentos de uma forma célere, simples e com custos muito mais reduzidos. 

As famílias empresárias que incentivem os seus membros a lançarem novos negócios, diretamente ou através das suas empresas, estão a desenvolver duas grandes vantagens competitivas:

  • Formação prática dos mais jovens facilitando a sua integração no mercado de trabalho, seja ele no seio da empresa ou em qualquer outra organização;
  • Uma carteira de novas atividades que poderão vir a ser áreas de evolução ou diversificação dos investimentos empresariais futuros.

Este clima empreendedor permite ainda aumentar, de forma significativa, as possibilidades de continuidade como família empresária unida em torno de negócios sustentáveis.


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