Empresários precisam de ir à escola?

Em 2017, 58% dos empresários Portugueses tinham em média o 9º ano de escolaridade e somente 21% o ensino superior.

Ilídio Faria
1 de Março de 2018

Uma licenciatura em gestão não é sinonimo de se vir a ser um bom gestor. Alguns dos maiores casos de sucesso empresarial vem de pessoas sem grandes habilitações literárias, mas que são de forma unanime considerados empreendedores.

Desde a micro à grande empresa encontramos vários tipos de gestores, onde destacamos três tipos: gestor irresponsável, gestor incompetente e gestor cientifico. O gestor irresponsável é aquele que primeiro toma as decisões e depois vai procurar no excel a justificação para essa decisão. Por outro lado, o gestor incompetente baseia as suas decisões em atos de fé e expectativas, muitas vezes oriundos de pressupostos irrealistas, por mero mediatismo, ou por cópia da concorrência.

Por outro lado, temos os gestores científicos, pessoas que avaliam históricos, fazem planeamento das suas decisões, experimentam, inspecionam e adaptam as suas decisões. A gestão cientifica não é nada de novo, remota ao inicio do seculo XX, quando Frederick Taylor começou a introduzir uma série de experimentos com o objetivo de aumentar a produtividade sobretudo na área industrial. Apesar de rapidamente se tornar um conceito obsoleto, foi percursor de muitos avanços na área da gestão, onde destacamos: operations management, business process management, lean manufacturing, six sigma e mais recentemente Agile.

Hoje em dia, a volatilidade da economia e da sociedade gera ruturas continuas e permanentes no status-quo dos modelos de negócio e põe continuamente em causa os dogmas de outrora, elevando o principio Darwiano ao seu expoente máximo executando no dia a dia a seleção natural das empresas que já não dependem do quão grande e bem sucedidas foram no passado, mas acima de tudo, quão velozes e inteligentes são a antecipar o futuro e assim criarem de forma sistemática vantagens competitivas sustentáveis.

A cultura de gestão cientifica desenvolve na organização uma curiosidade agressiva, uma profundidade analítica invejável, um processo robusto munido da poderosa ferramenta do “porquê”, recolhendo dados, evidências, relações e diagnosticando, recomendando e intervindo assertivamente.

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