Qual a melhor formação para os descendentes das empresas familiares?

As famílias empresárias mostram uma grande preocupação com a formação dos seus membros das gerações mais jovens, reconhecendo a sua importância e desejando que a mesma potencie o desenvolvimento da pessoa e a sua capacidade de atuação futura, seja ela direcionada para a empresa familiar ou para outra organização.

António Costa
1 de Maio de 2019

A formação, lacto sensu, de uma pessoa é um processo que se inicia com o nascimento e, se desejado e recomendado, nunca termina.

Vulgarmente apelida-se de “formação académica” aquela que é obtida junto de entidades de formação pré-escolar, da escolar obrigatória (com uma orientação mais para os cursos científico-humanísticos ou para os de índole profissional e de integração mais célere no mercado de trabalho) e da formação superior (seja a nível técnico superior, licenciatura, mestrado ou doutoramento). Esta vertente influencia e é muito relevante na construção da personalidade de uma pessoa, sendo por isso assumido pelos pais que devem proporcionar a melhor alternativa possível aos seus filhos.

No entanto, a perceção e captação de tudo o que nos envolve também faz parte do processo de formação contínua da personalidade, sendo que se identificam diversas etapas, muitas delas sobrepostas, que normalmente são intrínsecas aos membros de uma família empresária:

  • Conversas à mesa sobre múltiplas particularidades do negócio;
  • Visitas e brincadeiras com materiais e produtos na empresa;
  • Pequenas tarefas executadas na empresa;
  • Trabalhos de férias na empresa;
  • A assunção e responsabilização por determinadas ações empresariais;
  • Visitas a feiras, clientes ou fornecedores;
  • Experiências empresariais, trabalhos mais estruturados e estágios na empresa da família ou em qualquer noutra entidade.

Estes elementos, que são muitas vezes assumidos de forma inconsciente ou, cada vez mais, de forma planeada nas famílias empresárias, irão exercer uma enorme influência na decisão futura das gerações mais jovens direcionarem a sua vida profissional para a empresa da família ou para qualquer outra alternativa que ambicionem ou lhes seja proporcionada.

Neste contexto, as famílias empresárias devem refletir e preparar, prévia e adequadamente, um plano de atuação e apoio à formação dos seus membros, considerando obviamente a participação dos pais, que são os grandes responsáveis pela formação dos seus filhos. 


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