Shojinka é basicamente a abordagem de termos uma força de trabalho flexível. E pensando bem, o Shojinka está bem entranhado em todas as áreas de negócio.
Incluindo na Sua!
Cada vez mais somos responsáveis executar um número maior de tarefas, todas elas muito diversificadas. Para mim, numa determinada perspetiva, isso é ótimo. Sou apologista dos especialistas generalistas ou Pi-Shaped Workers.
A grande questão é que para sermos bons Pi-Shaped, têm que existir simultaneamente 3 condições:
Outro dia estava a ver uma série alemã na RTP2 – Irmãos e Inimigos – sobre Lars, um “agente Romeu” da Alemanha de Leste, nos anos ’70 – cuja missão é passar a Cortina de Ferro e seduzir mulheres que trabalham para o Governo Federal Alemão.
Aqui está uma cena onde o Lars e o seu Handler conversavam sobre um encontro com um possível alvo:
Handler – E então, ela engraçou contigo?
Lars – Sim, acho que sim…
Handler – Ficção ou Facto?
Lars – Ambos!
Handler – Como assim? O que te leva a dizer isso?
Lars – Sinergia!
Handler – …?!
Lars – Sinergia. Sinergia é o momento em que o todo é maior que a soma das partes. E eu e ela conversamos e partilhamos algumas coisas tão fortes e boas e fizemos reflexões tão profundas que nunca iriamos conseguir fazer como seres separados.
Handler – Pois, parece-me bem. Mas não te esqueças que na RDA não refletimos profundamente. Obedecemos profundamente.
Bem, fiquei mais descansado sobre o que estar a ver séries alemãs na RTP2 diz da minha vida.
Em conclusão, considero esta cena uma ótima metáfora sobre a Sinergia.
Se o Shojinka significa ter uma força de trabalho flexível, a Sinergia numa organização, segundo a linha de pensamento de Lars, significa ter uma força flexível de Inovação. Que é inesgotável. O truque, como em todas as fontes de energia, é garantir o seguinte:
⇒ Poupe Tempo;
⇒ Seja uma Experiência;
⇒ Crie Acessibilidade;
⇒ Proporcione Oportunidades.
A verdade sobre a Inovação, se formos objetivos na História, é que a refrigeração, os relógios, as lentes, a purificação da água, o registo dos sons e a iluminação artificial são as bases tecnológicas fundamentais para o desenvolvimento Humano e para os produtos e serviços disruptivos que conseguimos criar aos dias de hoje.
Que muito raramente existem epifanias e inovadores solitários. Sermos inovadores e criativos nunca é uma questão genética. Ideias espetaculares e disruptivas não são raras, raros são os espaços de abertura, escuta ativa e tolerância ao diferente e aos erros.
A verdade sobre a Inovação, se formos também objetivos relativamente ao impacto no Ser Humano, é que esta é alimentada pelas emoções – de quem cria e de quem usa. É alimentada pelo “analógico” através da interligação da nossa curiosidade, conversas, empatia, questões, organizações de ideias, trabalho em equipa, pensamento visual, construção de protótipos em modo 10€.
Uma possível verdade sobre a Inovação é que tal como existem 10 tipos de inovação tal como propostos por Larry Keeley:
É super importante que existam 10 faces ou emoções ou competências relacionais da Inovação.
São elas o antropólogo, o experimentador, o observador, o saltador de obstáculos, o colaborador, o diretor, o arquiteto, o encenador, o contador de histórias e o cuidador.
Acima de tudo, se cada colaborador conseguir assumir estas dez faces, articulando-as e utilizando-as de acordo com situações específicas, o caminho para o sucesso é inevitável.
E nesse sentido uma conjugação entre o Shijonka e a Sinergia é a forma mais eficaz e adaptativa que conheço para que a Inovação nos leve a resultados, impacto positivos no ser humano e no lucro com propósito. Um universo de Caos e Disciplina!
E essa foi e é uma das aprendizagens profissionais mais valiosas para mim:
Que sou um Engenheiro que já aceitou que as Pessoas são a “tecnologia” mais complexa.