30 de Dezembro de 2020









SANGUINI SHIRISH

Bancária


Fotografias D.R.


Liderar à distância


A pandemia mundial que vivemos em 2020 obrigou as organizações a reinventarem-se, impulsionando fortemente o trabalho remoto e a necessidade de liderar à distância, levando assim a uma verdadeira revolução tecnológica. Como manter a equipa motivada, organizada e, acima de tudo, comprometida com a empresa, mesmo trabalhando a distância?



No atual contexto, as organizações e os seus líderes tor­naram-se menos sépticos relati­va­mente ao tra­balho à distância, e mais conscientes do­ im­pacto positivo que este modelo de orga­nização pode trazer para os cola­bora­dores e respetivas famílias.

Mas também há enormes desafios: conciliação do trabalho com os filhos e familiares, tarefas domésticas, atividade desportiva, reuniões, prazos, e outras res­ponsa­­bilidades, tentando não descu­rar a qualidade.







Nesta realidade, o executivo sénior continua com a necessidade de coordenar a equipa e os projetos, mas sem a proximidade física, com o fator de motivação visto como um verdadeiro desafio.

Uma das grandes vantagens de ter o líder por perto é a possibilidade de esclarecer dúvidas, por isso, mesmo à distância, ele tem de estar disponível. De facto, é preciso estar presente e contactável, com uma ligação premiada pelo respeito e pela confiança, onde a comunicação constante assume uma maior dimensão.

Mais do que nunca, manter um diálogo transparente é muito importante para que se construam relações de confiança e para um alinhamento entre os colaboradores e a empresa.

Nesta realidade, com o líder à distância, é essencial maximizar a organização, o planeamento e a capa­cidade real de delegação, com a equipa necessariamente a assumir uma maior autonomia, que deve ser respeitada e alavancada. Porém, é importante que a liderança consiga alinhar o processo, deixando as expectativas e prazos bem claros, transmitindo uma definição muito clara das responsabilidades e prioridades individuais e coletivas.

Algumas das estratégias que parecem resultar melhor neste modelo são as reuniões com vídeo, pois o nosso cérebro é social e foi desenhado para obter informações com base no que vemos e ouvimos, ou seja, ele precisa de interações visuais e auditivas. A lin­guagem corporal ganha destaque nesta forma de comunicação. Também é importante a definição de uma agenda fixa de reuniões de equipa, não só para alinhamento de estratégias ou pontos de situação, mas também para partilha de resultados em equipa e dos objetivos e metas a atingir. 

        Quanto maior for o sentimento de pertença, maior será o envolvimento e alinhamento dos colaboradores com a empresa e com os projetos. O feedback regular e a comunicação constante parecem ser a chave para aumentar o compromisso dos vários elementos da equipa.

        Utilizando os recursos digitais certos, a equipa pode manter-se unida e ligada de forma autêntica ao mesmo propósito profissional.

        Este novo modelo de trabalho remoto poderá ser uma forma de atração e retenção de talento diferenciado, superando as barreiras geográficas, permitindo em muitos setores aumentar exponencialmente a oferta de colabora­dores especializados, acedendo a um mercado global. Tal como diria Mahatma Gandhi, um dos maiores líderes e agente de mudança da história, 


        “se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”.


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