13 de Abril de 2021











RUI PEDRO OLIVEIRA

CEO, IMAGINEW



2021...



Passado que está o primeiro trimestre do ano, poucos arriscaram fazer grande futurologia sobre o que seria 2021 depois do exemplo que vivemos no ano passado. Porém, julgo que estes três trimestres que restam ainda vêm a tempo de nos mostrar ou solidificar algumas novidades.

 


A

­pandemia global acele­rou o uso e desenvol­vimento de no­­vas tecno­logias e não há ponto de retorno.

A notícia mais fácil de prever é que este ano desaparecerá o icónico browser “Internet Explorar”. A Microsoft já anunciou o seu fim 27 anos após ter sido lançado.

A Inteligência Artificial (AI) já é parte das nossas vidas diariamente sem muitas vezes repararmos na presença da mesma. O uso das assistentes de voz eletrónicas como a Siri, Cortana e a Alexa serão uma tendência para praticamente não tocar­mos no smartphone e com a van­ta­gem que elas próprias desenvolvem cada vez mais a auto-aprendizagem. O Pro­fessor Marcus du Sautoy, um reputado mate­mático de Oxford, no seu livro “The Creativity Code” escreve: “Como a AI está a aprender a escrever, pintar e pensar”. Se os dois primeiros exemplos já os tinha citado em artigos anteriores, o de pensar, é o que pode ser o nível alto da AI a que muitos têm medo de alcançar, mas temos que pensar na AI como nossa parceira e não receá-la. Caminhamos juntos.

Provavelmente ainda este ano assis­ti­re­mos a um computador refazer algumas fórmulas seculares de matemática.

Os consumidores no Reino Unido, serão pagos para usar “energia verde”. As novas construções imperativamente ami­gas do ambiente e terminar com os des­per­dícios em demasia será uma prio­ridade urbana.



A banca jamais será o que conhe­cemos, o reconhecimento facial será o a­ces­so mais fidedigno e seguro de gerir­mos o nosso dinheiro e aplicações financeiras o chamado “fast financing” mas não só a banca, os controlos de acessos, as alfândegas nos aeroportos, o passe de autocarro e tudo o mais em que seja necessária a nossa identificação será massificado.

A aprendizagem à distância também veio para ficar, não substituirá total­mente as aulas presenciais mas vere­mos um “mix”, uma versão “blended” no

ensino como fomos forçados a verificar até agora.

O céu vai ficar sobrelotado “crowded” de satélites, incorrendo numa pequena falha de riscos de colisão, porém são essenciais para a nossa vida, quer em comunicações quer na internet, por isso só a Starlink que em Novembro de 2019 começou a sua constelação com 60 satélites, este ano a SpaceX pretende transforma-la numa megaconstelação de 12.000 satélites a 550Km da Terra. Bezos também quer entrar na corrida com 3.000 satélites de uma só vez a uma


altitude similar!

A fragância será o novo interface sensorial, veremos sofisticados sistemas de trocarmos cheiros e senti-los em tempo real, de os gravarmos, de serem ativados por voz para a necessidade de emoções ou foco em cada pessoa ou produto.

A mobilidade elétrica será parte integrante da locomoção embora só em 2025 atingiremos o normal uso do carro autónomo, comprar um carro que não seja pelo menos híbrido a partir deste ano nunca será um bom investimento.

Partes do corpo artificiais com tecidos naturais e impercetíveis serão feitas na  hora a um preço acessível, pode­rão ser materializados à medida de cada necessidade e órgãos internos desen­volvidos a partir das nossas células num período curto de tempo.

As vacinas serão personalizadas, um maior conhecimento da imunidade vai exponenciar a eficácia.

A telemedicina será mais usual que os tratamentos e diagnósticos presenciais e graças a AI será possível detetar graves doenças no seu estado mais inicial e assim atuar mais rapidamente.

A livre expressão de opinião na internet aberta estará seriamente ameaçada. Este ano haverá um acerto de contas entre as pessoas e o trabalho presencial, o vírus dará a possibilidade de fazer um equilíbrio entre o espaço laboral e a casa mais justo e equitativo.


As empresas viverão cada vez mais para do futuro e nunca do passado. O local de residência e de trabalho em cidades que possam distar centenas de quilómetros nunca será o principal obstáculo ao recrutamento para um emprego.

Empresas começarão a aceitar massivamente o pagamento por cripto moedas. Por fim, julgo que nós pagaremos para nos vermos livres de anúncios publicitários.

Estas são apenas uma miscelânea de ideias que colecionei para que possam ser todas exequíveis neste ano de 2021. As de 2022 e seguintes virão depois...

Muitas mais haveriam seguramente, mas pagamos no ano passado e no inicio deste ano um preço muito alto de vidas



por causa de um vírus cobarde e invisível, mas como em cada situação há sempre algo de positivo, julgo que também tivemos o privilégio de ver um mundo mais unido, relativizar situações que antes seriam improváveis saírem da nossa mente, uma poluição em completa limpeza, sinergias de laboratórios “rivais” unidos na descoberta das vacinas e um avanço estonteante e repentino a nível de serviços de saúde, da ciência e natural­mente tecnológico.

Esse é um preço também para muitos outras intempéries que possam surgir no futuro de forma repentina, que por um lado tivemos que pagar.

Lembra-te sempre! Se tens um pro­du­to e não pagas por ele, então tu és o produto!

Estas são apenas uma miscelânea de ideias que colecionei para que possam ser todas exequíveis neste ano de 2021. As de 2022 e seguintes virão depois...




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