30 de Abril de 2025


JORGE REMONDES

Professor de Marketing do ISCAP/Politécnico do Porto



‘SOCIAL COMMERCE’, A NOVA ERA DAS VENDAS ONLINE





O social commerce está a mudar o e-commerce tradicional ao integrar a experiência de compra nas redes sociais, plataformas digitais onde os consumidores já se encontram muito envolvidos em todo o mundo. Esta abordagem de vendas online não só promove a interação direta entre as marcas e os consumidores, mas também aumenta o alcance, e aumenta as conversões. De modo distinto do e-commerce tradicional, o social commerce não se limita a ser uma plataforma de vendas mas proporciona uma compra userfriendly e omnichannel, algo fundamental num mercado digital cada vez mais competitivo. Como é referido no capítulo Challenges and Opportunities for the Social Commerce: The MO Case, do qual sou coautor, no livro Management and Marketing for Improved Retail Competitiveness and Performance, “as empresas que adotam estratégias de social commerce conseguem criar uma conexão mais autêntica com os consumidores, aproveitando o poder das recomendações sociais e do conteúdo gerado pelos utilizadores para impulsionar as vendas”.



As empresas podem beneficiar hoje do social commerce ao adotarem estratégias inovadoras tais como:

Publicações com opção de compra que possibilitam a compra direta de produtos em redes sociais como o Instagram, o Facebook, e o Pinterest, reduzindo assim dificuldades na jornada de compra;

Transmissões ao Vivo para a demonstração e venda de produtos em tempo real, gerando uma sensação de urgência e exclusividade;

Conteúdo Gerado pelo Utilizador (UGC) como a partilha de experiências com produtos da marca, promovendo desta forma a autenticidade e a confiança;

Parcerias com Influenciadores que aumentam a visibilidade da marca e geram vendas orgânicas;

Chatbots e Automação de Vendas para facilitar o atendimento, o serviço ao cliente, e a venda direta nas 



redes sociais.

A integração do social commerce com o e-commerce tradicional proporciona uma série de benefícios, que vão desde a personalização da experiência do cliente até à otimização de campanhas de marketing digital baseadas em dados recolhidos nas partilhas e interações sociais. As ferramentas de social commerce como o Instagram Shopping, o Facebook Shops, e o TikTok Shop permitem às marcas criar verdadeiras montras digitais interativas, e ferramentas como o Shopify oferecem a sincronização do inventário e a gestão integrada das vendas da empresa.

Um exemplo de boas práticas em Portugal é a MO, uma marca que investe seriamente no social commerce e em parcerias estratégicas com influenciadores digitais para aumentar as suas vendas.



A estratégia da MO, que integra o conteúdo social com as funcionalidades de e-commerce, é uma evidência clara de como as marcas podem tirar partido das vendas nas redes sociais para aumentar a sua notoriedade e envolver de forma significativa os seus clientes.

Em síntese, o social commerce não substitui o e-commerce tradicional, mas proporciona antes uma abordagem comercial complementar, aspeto que é muito importante para os negócios que procuram hoje novas formas de otimizar a sua estratégia de distribuição e aprofundar o alcance da sua marca no ecossistema digital. Por isso, investir numa presença ativa nas redes sociais adequadas a cada modelo de negócio, e numa estratégia eficaz de social commerce, pode seguramente ser a chave para impactar positivamente o consumidor e garantir uma vantagem competitiva.






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