ANDRÉ PINHEIRO
Direção de Qualidade
Cultura de Arco e Flecha
Ao contrário do que acontece na maioria dos países do planeta, o desporto nacional do reino do Butão não é o futebol, mas sim o tiro com arco. Mas da mesma forma que o futebol é vivido com paixão pelos seus adeptos no Ocidente, também aqui o arco e flecha são jogados com uma atitude muito própria.
É normal este desporto ser praticado com distâncias 2x superiores à distância olímpica de 70m, e até praticado com a ajuda de álcool. Nestes casos, à medida que o torneio vai avançando, os participantes vão bebendo uma bebida tradicional local (de seu nome “ara”), e se há quem diga que assim até tem melhor desempenho, também há quem tenha acidentes…
O Butão é atualmente conhecido por ter um Ministério da Felicidade, que se dedica a estudar o que contribui para a felicidade da população, com inquéritos específicos de centenas de questões, e que resultam no índice de “Felicidade Nacional Bruta”. Quando foi apresentado num fórum das Nações Unidas em 1998, fez muitas cabeças virar nos governos do planeta.
Duvido que a empresa do leitor tenha um departamento da felicidade (existem alguns, mas poucos), mas seguramente se preocupa com a cultura empresarial e a satisfação dos seus colaboradores. Hoje em dia não é raro ouvirmos falar de empresas que proporcionam condições para os seus trabalhadores relaxarem, divertirem-se, ou terem férias pagas. Ou então atividades extra-profissionais, torneios de futebol, jantares de grupo. Tudo no sentido de proporcionar condições para que as pessoas se sintam alinhadas com os objetivos da empresa, empenhadas em fazer o que podem para atingi-los porque sentem-se como parte dela. Em bom português: para que vistam a camisola. “Mas na minha empresa há pessoas que já lá estão há 30 anos, não vai mudar”, é algo que se ouve com frequência, mas não tem que ser assim.