27 de Maio de 2024


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ALEXANDRA O'NEIL

Professora Universitária | Autora | Consultora | Palestrante | Formadora





AI e Human Intelligence in Academics – Now What?


IA e Inteligência Humana, no meio académico, e agora? Esta foi a pergunta que coloquei ao ChatGPT, após o pedido da revista Start&Go para escrever sobre este assunto.






E

sta solução de inteligência artificial, respondeu-me prontamente “que a integração da inteligência artificial (IA) e da inteligência humana no meio académico abre uma infinidade de oportunidades e desafios”. Como alguém nascido nos anos 70, antes da internet, telemóveis, redes sociais, olho para o horizonte e imagino oportunidades e ameaças potenciais desta ferramenta incrível, vislumbrando um saldo de crescimento e desenvolvimento.

De seguida, à sua maneira muito característica, apresenta em pontos organizados, que a IA pode "analisar os dados dos alunos para fornecer conteúdo e feedback personalizados”, otimizando o processo de aprendizagem, pode “automatizar tarefas rotineiras”, como a avaliação, auxiliar na análise 



A questão da substituição de humanos por algoritmos surge também mencionada. Bem, mas aí, quem se lembra das telefonistas? [...]

de dados, geração de hipóteses e revisão de literatura, permitir o processamento de linguagem natural e a tradução automática.

Após uma enumeração justificada de oportunidades o sistema contrapõe de forma interessante com preocupações éticas, relacionadas nomeadamente com a privacidade de dados e com a utilização devida da ferramenta. A questão da substituição de humanos por algoritmos surge também mencionada. Bem, mas aí, quem se lembra das telefonistas? Faria sentido, neste momento, essa função? E fará assim tanta falta termos a responsabilidade de ligar cabos de conexão para permitir uma conversa telefónica? Ou poderemos como criativos, holísticos, soluções perfeitas que se regeneram e adaptam a uma velocidade estonteante e orgânica, desempenhar papeis e funções que efetivamente criem valor?

Como docente, preocupo-me, não

obstante, com o processo de aprendizagem e retenção de conhecimento. Rapidamente me apercebo que também aqui, o que será necessário será a adaptação. Relativamente a esta questão, a IA sublinha a necessidade de uma abordagem “multifacetada que combine design de avaliação, ferramentas tecnológicas e estratégias pedagógicas”, através de avaliações que exijam “pensamento crítico, resolução de problemas e aplicação de conhecimento, em vez de memorização mecânica ou regurgitação de informações”. 

Faz todo sentido, não? Quantos de nós “regurgitaram” páginas de informação para um papel, esquecendo-se, quase de forma imediata, desse conteúdo?

Especificando, a IA sugere a utilização de “projetos, estudos de caso, simulações e tarefas do mundo real”, indicando estas como “avaliações

 autênticas”, que conjuntamente com “critérios de avaliação claros”, forneçam uma estrutura transparente para avaliação. “Questionários, discussões e avaliações de pares”, utilizando as ferramentas tecnológicas para monitorizar a atividade e verificar a autenticidade. A utilização de “reflexões, apresentações orais ou defesas, experiências de aprendizagem ativa, a aprendizagem colaborativa”, baseada em problemas incentivarão a aprendizagem, sugere o sistema.

Efetivamente, tal como o surgimento da internet nos assustou, e neste momento corresponde a uma ferramenta essencial para o nosso desempenho, aprendizagem e interação, na minha opinião, a Inteligência Artificial corresponderá a mais uma ferramenta potenciadora de uma aprendizagem exponencialmente capacitadora, permitindo um caminho, para que cada um de nós, atinja um potencial mais impactante e efetivo.




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