CLÁUDIA PALMEIRO
Culture Geek & Fundadora da La La Land Consulting
Fotografias D.R.
Para se mudar uma cultura, é preciso mudar alguma coisa.
E se, durante o estranho ano de 2020, percebemos que a cultura da nossa empresa já não serve às pessoas e à nova estratégia? E se percebemos que precisamos de novas formas de decidir e agir?
Quando Peter Drucker (supostamente) disse que a cultura comia a estratégia ao pequeno almoço, não estaria a desprezar a importância da estratégia, mas a reforçar a importância que a cultura tem na sua execução. Se a estratégia é “o quê” e o “quando”, a cultura é o “como” que permite ou impede a sua execução. E, sobre isto, já não restam dúvidas.
Por todo o mundo, num grande número de empresas, a cultura é vista como um “tópico de recursos humanos” delegado no departamento de RH. Aqui torna-se frequentemente num conjunto de iniciativas focadas na felicidade ou satisfação dos colaboradores. Porém, a cultura da empresa, complexa e ambígua, é mais do que a felicidade dos seus colaboradores, tem que estar intrinsecamente ligada à estratégia da empresa e, não é responsabilidade apenas do departamento de RH. É responsabilidade de todos, e, em primeiro lugar, dos seus líderes, já que as pessoas observam e depois copiam os seus comportamentos.
Consideremos o exemplo da agilidade organizacional, tão ferozmente desejada nos tempos que correm. Queremos colaboradores ágeis ou mais ágeis, mas, o que estamos dispostos a mudar realmente na empresa para o conseguir? Porque, ser ou estar ágil, numa empresa, não acontece nem por acaso nem por decreto.
Se queremos colaboradores ágeis na decisão e na resposta, eles têm que operar num contexto operacional e de liderança que permita a rapidez na _____