4 de Agosto de 2021





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ILÍDIO FARIA

Agile Consultant



O Agile está morto?



O Agile é uma filosofia ou “mindset” aplicado ao trabalho ou até às nossas vidas pessoais.




O

mesmo teve origem em 2001, no Utah, quando um grupo de 17 programadores de software decidiram juntar-se com o objetivo de conseguir lançar de forma mais rápida software no mercado. Com isso criaram um manifesto com 4 valores e 12 princípios que à data ainda se mantém inalterados.

No entanto, já antes, dois dos subscritores do manifesto, tinham criado uma framework chamada SCRUM, a qual foi precursora de valores e princípios ágeis, sobretudo porque SCRUM assenta em 3 pilares base: Transparência, Inspeção e Adaptação, de processos, pessoas e produtos. A framework, per si, não prescreve um método de trabalho, dá sim linhas orientadoras de como trabalhar produtos/serviços ou projetos complexos.

A partir de 2010, o mercado do IT começou a crescer de forma exponencial sobretudo com a entrada de novos players, extremamente ágeis, que vieram mexer por completo com o mercado. Este crescimento exponencial, foi ainda aumentado pela necessidade das grandes empresas tradicionais não ficarem para trás no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores. Com tanta procura, bastava a uma qualquer pessoas ter no seu CV a siglas CSM e CSPO, ou Agile                     

Coach e era imediatamente contratado para implementar Agile e suas frameworks em start-ups ou empresas mais tradicionais em qualquer setor de atividade.

Com esta mistura explosiva de múltiplas frameworks, profissionais inexperientes e mal formados, e o surgimento de vários case studies de sucesso, as empresas foram inundadas por algo que nada tem haver com o espirito do Agile, pois o Agile e suas frameworks são simples de entender mas difíceis de implementar e manter. Com tantos casos de insucesso a surgirem todos os dias, é normal que as empresas se virem novamente para a gestão de projetos clássica, para o Lean, e que esqueçam a sua “aventura” que lhes custou muito dinheiro a experimentarem um mau Agile.

Sendo eu um purista do Agile, continuo todos os dias a levar às empresas, e aos alunos a quem tenho gosto de ensinar, o puro Agile, aquele baseado somente nos valores e princípios ágeis, na framework Scrum, por vezes no método Kanban e em algumas poucas práticas. E felizmente, durante longos períodos de tempo e de forma constante, as equipas e as empresas conseguem entregar produtos e serviços inovadores de forma rápida e continua com os seus colaboradores motivados e compro­me­tidos. 








Por isso, o Agile não está morto, está vivo e bem vivo!

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