ANTÓNIO NOGUEIRA DA COSTA
CEO da efconsulting | docente e membro do N2i do IPMaia
Poças – Uma marca centenária
Como se constrói um negócio familiar e se assegura a sua continuidade geracional? Como se cria, mantém e eterniza uma marca? Dar o nome de família à marca e à empresa é um grande sinal de se desejar assegurar a perenidade desta união.
T udo começou em 1918, quando Manoel Domingues Poças Júnior, nascido no centro da azáfama do Vinho do Porto, decidiu fundar o seu próprio negócio. Aos 30 anos, com o tio, lançou um negócio para vender brandies a grandes produtores de Vinho do Porto. Pouco depois estabeleceu a sede da empresa em Vila Nova de Gaia, onde se mantém até hoje.
Primeiro o seu tio, depois os irmãos, a mulher, os netos: toda a família Poças veio a partilhar a sua paixão pelo vinho, combinando o respeito pela tradição com a mente aberta à inovação trazida pelas novas gerações.
Enfrentar e ultrapassar os múltiplos desafios ao longo dos tempos – Armistício, a 2ª guerra Mundial, a Revolução dos Cravos, as crises do final do século XX e as diversas das duas primeiras décadas do século XXI – somente com vontade hercúlea,
capacidade de inovação e grande apoio e sacrifício da família.
A Poças possui três quintas, uma em cada uma das sub-regiões do Alto Douro Vinhateiro – a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo e classificada como Património Mundial pela UNESCO em 2001 - tendo no total uma área total de 100 hectares, sendo que mais de três quartos são ocupados com vinha.
Em 1992, com o Coroa d´Ouro 1990, foi das primeiras empresas de Vinho do Porto a lançar-se nos DOC