E, como cereja no topo do bolo, tem atributos que lhe permitem, após uma compra, ser defensor e embaixador da nossa marca e empresa para construir histórias (aqui também entra o tempo de vida do cliente – LTV).
Um negócio equilibrado (e sustentável) é, assim, um negócio com baixo custo de aquisição de cliente e elevado LTV (monetização). E eu vejo muitos negócios desequilibrados! Vou ser mau aqui: a maioria dos negócios não mede o CAC e o LTV. E no seu negócio, estes dois indicadores são medidos?
Já pensou seriamente nisto? Pare mesmo um pouco nesta fase para refletir, pois é com estes perfis de clientes, que cumprem os requisitos que enumerei acima, que se constroem marcas com histórias (ou histórias com marcas). Num caminho mais digital, o processo é o público-alvo, o cliente ideal e, de seguida, as personas.
Um dos primeiros passos para atingir o nosso cliente de sonho é prospetar – que não é mais do que procurar até o encontrar. Obviamente, se formos mais assertivos em tocar segmentos mais apetentes à compra, os resultados de conversão vão ser superiores.
“Prospetar” vem da indústria do petróleo: furar até encontrar. No seu negócio, convém é atingir o cliente certo. E que a maioria seja deste tipo, isto é, cumpra com os critérios enumerados mais acima. Sendo certo que a carteira de clientes de qualquer empresa não é perfeita e é constituída por muitas tipologias de clientes com vários níveis de lealdade e rentabilidade.
Há 3 tipos de clientes, simplificando: os que não nos conhecem; os que nos conhecem e não compram; e os que nos conhecem e compram.
Para todos eles, há caminhos e formas de os atingir. E, em cada uma destas 3 tipologias, é ainda possível segmentar. Lamento desapontar e não deixar aqui uma fórmula mágica de como abordar as 3 tipologias de clientes (e os seus segmentos). Neste artigo, vou apenas deixar algumas perguntas que podem ajudar na construção e definição de um cliente ideal.
Onde é que que o seu cliente ideal normalmente passa mais tempo?
Convém enumerar e detalhar os locais (ou canais) online ou offline. Por exemplo, “passa muito tempo no LinkedIn” é muito generalista. O ideal é especificar um pouco mais, do tipo “passa muito tempo no LinkedIn e os grupos e temas que mais lhe interessam são…”. Outro exemplo: “gosta de ir correr ao parque da cidade com um amigo ao final do dia, 3 dias por semana” tem mais detalhe, hábitos e valores do que “gosta de correr no parque da cidade”. A especificidade é muito importante quanto à utilização do tempo, pois pode ser nesse período, ou no local (canal) em causa, que podemos ter mais impacto e recetividade com algum tipo de mensagem para influenciar a consciencialização do caminho de compra.
Onde é que o seu cliente ideal procura informação para tomar decisões?
Quando um potencial cliente está em “modo de pesquisa”, aonde normalmente vai para ter respostas aos seus problemas e desafios é relevante (Google, blog em particular, livros, revistas, Youtube). Exemplo (e com mais detalhe) para a construção do que aqui estou a tentar idealizar: “quando o meu cliente X está curioso relativamente a um tema/assunto, a primeira pesquisa que faz é no Google do seu smartphone”. O que procura, como pesquisa e onde permite conhecer o que o move. Informação, dados e validação são poder para quem vende, pois quando estamos a apontar para toda a gente provavelmente não estamos a apontar para ninguém.
Quais são as suas maiores frustrações (problemas a resolver) e desafios?
Não preciso de me repetir, embora a repetição seja a mãe da aprendizagem. Para vender, temos de resolver problemas e entregar resultados, ajudar e adicionar valor ao processo de compra e de decisão. E é daqui que vem a expressão “calçar os sapatos do cliente” no seu caminho de compra, pois fazendo-o ficamos mais habilitados a criar e desenvolver