Mas esta é uma tendência que as empresas terão que por em prática com mais intensidade daqui para frente. Em tempos de “apagão de mão de obra” e “falta de talentos”, um maior número de empresas estão gastando mais tempo e dinheiro no recrutamento, desenvolvimento e manutenção de suas equipes.
Isto é um bom começo, mas é somente o início da batalha. Mesmo que você assuma o compromisso de contratar os melhores profissionais e incentivar seu desenvolvimento, existe ainda outro importante passo a ser dado: engajá-los. Se você realmente acredita que eles são a razão do seu sucesso, precisa garantir que permaneçam na empresa e principalmente motivados o suficiente para entregar resultados cada vez maiores.
Toda organização por mais medíocre que seja, consegue com o tempo aprender os mecanismos de condicionamento do comportamento humano. Estes instrumentos são úteis no início, mas com o passar do tempo acabam não atendendo mais, pois as pessoas aprendem a “trabalhar” com eles. Chamo de mecanismos de condicionamento do comportamento humano: definir uma meta, colocar uma estrutura de controle e ter um plano de consequências para aqueles que conseguem atingir e superar a meta. A grande questão que quando as pessoas conseguem “trabalhar” com os mecanismos, elas aprendem que a recompensa sempre é dada pelo atingimento e nuca pelo desafio. Neste momento a organização começa a valorizar o “subdesempenho satisfatório”. Não existe prêmio para aqueles que buscam mais, mas somente para aqueles que alcançam. Isto faz com que a organização comece a contratar metas menores. O interessante neste processo é que a empresa fica satisfeita com o atingimento destas metas e vai perdendo a capacidade de buscar resultados maiores. O sistema valoriza o fazer/atingir e não o querer fazer mais, no final a ideia que passa para a equipe é que ela deve contratar uma meta que possa entregar.
A verdadeira fonte de vantagem competitiva hoje está no talento humano. Infelizmente continuamos a subestimando as pessoas e subutilizando suas habilidades. Na maioria das empresas, pessoas que nunca serviram nas “trincheiras” cuidam da contratação e desenvolvimento das equipes. Chamam isso de RH. A melhor forma de fazê-lo é pôr os melhores profissionais da organização diante deste processo.
Com a aceleração da dinâmica da competição, o patrimônio humano das organizações talvez seja a única forma verdadeiramente sustentável de vantagem competitiva. Acreditamos que as pessoas são dotadas de uma curiosidade inata e estão imbuídas da motivação natural para agir e aprender. Portanto, devemos aproveitar a engenhosidade de nossas equipes e recompensar os melhores, para que sejam importantes agentes de desenvolvimento. Isso pode ser feito com a introdução de novos e métodos e processos de gestão de pessoas, além de outras atividades inovadoras que estimulem a competitividade e o crescimento da organização.