FILOMENA CASTRO LOPES
Professora Universitária, Universidade Portucalense
“Ah! Uma nova tecnologia”
Nos últimos anos temos assistido a uma banalização do termo “transformação digital” acompanhada com o aparecimento assaz de novas tecnologias: Big data, Realidade Aumentada, Metaverso. No entanto, desde o final de 2022, só ouvimos falar em IA e, mais concretamente, em Chat GPT.
Chat GPT é, até agora, a aplicação com o crescimento mais rápido da história, tendo atingido 100 milhões de utilizadores em dois meses, enquanto, por exemplo, o Instagram levou dois anos e meio a atingir este número.
A utilização desta aplicação não se limita a utilizadores individuais, estendendo-se também, por exemplo, a de empresas de comunicação, de software, de marketing e até nas áreas da saúde e no ensino, bem como em gabinetes de advocacia ou de arquitetura.
Em princípio, a adoção desta nova aplicação, à imagem de outras que têm vindo ser adotadas, apresenta um conjunto de benefícios potenciais para as empresas, permitindo eliminar tarefas rotineiras e fastidiosas dos trabalhadores e acrescentar valor ao negócio.
O problema, no entanto, é que muitos dos utilizadores do chat GPT usam-no sem uma real noção de todas as tecnologias associadas e sem a total consciência de estarem a alimentar, ou a ensinar, uma poderosa ferramenta que não é sua.