“Quiet quitting”, “Loud quitting” e “Great resignation” - A sua empresa está preparada?
57% dos Diretores de RH inquiridos no Barómetro RH 2023, considera que a sua empresa não está preparada para dar resposta a fenómenos como "Quiet quitting", "Loud quitting” e "Great resignation".
imprevisibilidade do mercado parece não ter tido impacto ao nível da motivação dos colaboradores das empresas inquiridas, que permanece com 14 pontos (escala de 0-20), à semelhança do que observamos na última edição. Por outro lado, apesar da rápida evolução da tecnologia, da geração dos novos modelos de trabalho e das disrupções causadas pela pandemia, mais de metade dos inquiridos (54%) afirma que continua a ter um modelo de trabalho totalmente presencial implementado nas suas empresas. De acordo com 80% dos inquiridos, a retenção e a captação de talento continuam a ser os eixos que mais preocupam os líderes deste setor, ao aumentar a taxa de turnover e afetando negativamente a produtividade das equipas. Para contornar esta questão, garantir um bom ambiente laboral (18%), aumentar o salário (17%) e proporcionar uma cultura empresarial robusta (16%), são as principais medidas que estão a ser implementadas nas organizações de acordo com os Diretores de RH.
“Esta dificuldade em recrutar vai manter-se pelas dinâmicas do mercado de trabalho, pois estamos perante um mercado liderado pelo candidato e onde este tem um poder de negociação cada vez maior – estão mais seletivos, mais exigentes ao nível das condições e dos benefícios que pretendem, e mais resistentes à mudança de emprego. De forma transversal, está relacionado com expectativas salariais desalinhadas, o interesse e as próprias condições dos projetos que muitas vezes não vão ao encontro do que o profissional procura, as condições contratuais e a falta de interesse de mudança de emprego. Os empregadores devem repensar as suas estratégias de atração e retenção de talento, pacotes de benefícios, envolvimento com os projetos e conhecer bem o mercado… estas serão estratégias fundamentais” explica Sandrine Veríssimo, Regional Director da Hays Portugal.
Alavancar o crescimento, garantir uma cultura empresarial robusta e fazer uma gestão eficaz do talento
Apesar da implementação das políticas de ESG serem vistas como um fator de criação de valor e ser cada vez mais importante integrá-las na estratégia
corporativa, apenas 14% dos inquiridos tem como prioridade o lançamento e consolidação de iniciativas ESG. Ainda assim, no âmbito do eixo social do ESG, 48% dos diretores de RH admite que implementar práticas de trabalho justas e responsáveis - incluindo condições de trabalho saudáveis e seguras, remuneração justa, direitos do trabalhador e equidade de género -, será uma das principais prioridades. No que diz respeito ao processo de recrutamento, a abordagem skills-first - que se destaca por enfatizar as competências e capacidades de cada pessoa, colocando em 2º plano a sua experiência ou formação académica - parece estar a tornar-se numa tendência importante e 53% dos inquiridos afirma já estar familiarizado com esta abordagem e já considera esta componente no processo de recrutamento. Neste contexto, garantir um processo de onboarding eficaz é uma ferramenta essencial para o sucesso organizacional. Para auxiliar este processo, 41% dos inquiridos apostou na criação de um programa de acolhimento personalizado para tornar a integração mais eficiente. Por outro lado, 25% afirma que designar mentor