O empreendedorismo, enquanto atividade associada ao ato de empreender (fazer acontecer, arriscar) é uma temática que tem sido muito divulgada ao nível do ensino, da formação e de muitas iniciativas de dezenas de entidades: associações empresariais, associações de jovens, IEFP, etc.
Uma pessoa, de qualquer idade, que deseje transformar-se em empresária possui três grandes alternativas:
1. Comprar um negócio ou empresa já em atividade;
2. Aderir a um negócio em sistema de franchising;
3. Desenvolver de raiz o seu próprio negócio.
Qualquer uma destas três opções é válida e possui fatores diferenciadores que podem ser mais ou menos positivos, como se pode constatar no quadro abaixo.
Independentemente do tipo de negócio e da via adotada para o desenvolver, existe algo que é comum a todas elas e que se reflete na necessidade de constituir e manter uma sociedade: entidade (pessoa coletiva) que agrega uma ou mais pessoas físicas (também pode incluir outros organismos) – sócios - que se unem para desenvolver o negócio.
A sua constituição é um ato simples, rápido (ver http://www.empresanahora.mj.pt/ENH/), requer pouco dinheiro (capital pode ser de €1) e não é exigido qualquer conhecimento ou requisitos prévios por parte dos seus sócios ou dos seus gerentes: responsáveis pela condução efetiva da empresa.
Como é na sociedade que se agregam todos os direitos e deveres associados ao desenvolvimento da atividade e os compromissos com todas as entidades com as quais se tem de relacionar: clientes, fornecedores, trabalhadores, seguradora, contabilista, autoridade tributária, segurança social, etc., é importante que os sócios e os gerentes conheçam muito bem as suas obrigações pois, em caso de qualquer acontecimento inesperado e relacionado com a entidade, serão chamados a assumir as suas responsabilidades.
Todos os empreendedores desejam e acreditam que o negócio vai ser um sucesso, contudo, atente-se que a taxa de mortalidade de empresas constituídas dois anos antes é na ordem dos 41% (INE: dados referentes a 2017; taxa de sobrevivência (%) das Empresas nascidas 2 anos antes). Como os compromissos assumidos, para além das implicações diretas na própria empresa, também podem também afetar, e muito, o património pessoal, convém que os empresários se informem e estejam bem conscientes dos reais impactos que esta atividade terá na sua vida e da sua própria família.