HELDER BARBOSA
Licenciado em Gestão e Mestre em Marketing
A importância das lojas com História. Fatores de sucesso e oportunidades!
Cada Marca terá a sua história para contar, qual a sua origem, a justificação para a sua existência, as causas que defende e o propósito que visa alcançar. No entanto, para se tornar uma marca centenária (i.e., histórica), o que tem a dizer deve ser relevante, impactante e valorizado pelos consumidores.
Deste modo, são vários os fatores que justificam o sucesso das marcas e a sua maior longevidade, por exemplo, resistência, reinvenção, transformação, criatividade, inovação, diferenciação, distinção e autenticidade. Além disso, as marcas são feitas de pessoas, por pessoas e para pessoas, motivo pelo qual, a qualidade de trabalho prestado é fundamental para conquistar, diariamente, a confiança e a lealdade dos clientes. Quando isso se verifica, os clientes transformam-se em Embaixadores da Marca, partilham, repetem e recomendam os benefícios dessa, valorizando-a em diferentes canais de comunicação e para diferentes públicos.
Conquistado um nível elevado de comprometimento, a relação dos clientes com a marca deve ser recíproca. Isto significa que cabe à Marca a tarefa de continuar a satisfazer e a superar as expetativas dos clientes, de modo que a relação se estenda, perdure no tempo e transite gerações.
Deve-se reinventar, renovar e modernizar o Retail
Na verdade, com o passar do tempo (cujas fases compreendem a introdução, crescimento, maturidade e declínio), as marcas correm o risco de perecer, sobreviver ou evoluir (i.e., prolongando a sua fase de maturidade). Para alcançar este último desiderato, as marcas devem refletir, questionar-se e evoluir (sendo que evoluir não significa mudar tudo), por forma a manter-se, continuamente, presentes na mente e coração dos consumidores. Para tal, as Marcas devem reproduzir uma história que remeta a uma relação única, conjunta e partilhada entre clientes e a respetiva Marca. Esta construção é fundamental para que as Marcas possam reavivar memórias, sentimentos, emoções e sentidos ao longo de várias gerações.
Neste contexto, as lojas centenárias que ‘habitam’ as cidades são património, cultura, identidade e são, literalmente, locais de atração e encontro de partilha social e cultural entre gentes da terra, residentes, visitantes e turistas. Assim sendo, é irresponsável ‘eliminar’ estas Marcas, locais, espaços, rotas e rituais. De facto, pode inferir-se que a atividade de