Atualmente, é já utilizado em várias organizações com a finalidade de potenciar as equipas de trabalho e fazer a diferença no mercado de atuação. Elaborado por um «coach», este instrumento reúne um conjunto de dados e informações pessoais e profissionais do colaborador no sentido deste poder aliar os seus gostos pessoais aos profissionais possibilitando, desta forma, um crescimento sustentável e consciente do individuo no sentido de poder vir a assumir determinada função dentro da organização em plena competência. Tem sido por isso uma excelente ferramenta de apoio às chefias de Recursos Humanos que trabalham e defendem que Equipas Felizes Resultados alcançados.
Trata-se assim de um poderoso instrumento de apoio à gestão. Neste sentido, a sua aplicação deverá ser rigorosa, baseada em objetivos claros, personalizada e única que permita potenciar o que de melhor possui a equipa de trabalho, promovendo uma cultura de alta performance dentro da organização, traduzindo-se em resultados benéficos a curto, médio e longo prazo. Este instrumento normalmente é elaborado para um período temporal entre 6 e 12 meses de atividade da organização.
Como se trata de um documento que inclui objetivos, metas e prazos de concretização, o PDI contribui para que o colaborador não perca o seu foco e para que cada passo seja dado estrategicamente. Não dando lugar a escolhas aleatórias e não planeadas.
Embora um instrumento aberto, facilmente construído pela equipa de Gestão de Recursos Humanos, o modelo deverá desenhado e estar assente em premissas claras que permitam a sua fácil leitura com vista ao alcance dos
objetivos da estratégia.
Neste contexto, é importante nomear as etapas de desenvolvimento que estão na base da elaboração do Plano de Desenvolvimento Individual:
1. Análise Inicial - trata-se de fazer a análise do estádio atual do colaborador e do estádio desejado deste em relação à organização onde trabalha bem como da organização em relação ao mesmo.
Realça-se que a organização deve previamente traçar claramente os objetivos pretendidos de forma a poder aperceber-se o quão distante poderão estar os seus objetivos dos objetivos individuais do colaborador ao pretendido pela gestão.
2. Mapeamento das competências – trata-se da fase de desenho do perfil completo do colaborador (SWOT), mapeando as competências técnicas e comportamentais, pontos fortes e de melhoria, as suas competências pessoais, performance e desempenho, conhecimentos técnicos, formações, qualificações, experiências diversas e resultados do colaborador, de forma a originar num relatório individual detalhado do individuo. Esta etapa poderá ter em conta a avaliação de desempenho do colaborador.
3. Feedback – Fase de extrema importância em que são comunicados ao colaborador os resultados da avaliação de desempenho pela qual passou e as ações que deverão ser introduzidas para que o processo evolutivo seja consciente e uma realidade. Estes resultados deverão ser comunicados e explicados individualmente aos colaboradores. Este é o momento em que as partes iniciam o processo de definição de objetivos e metas a alcançar.
É importante que os objetivos e metas estejam alinhados com os propósitos, os valores,
a missão e a visão do profissional, pois nada adianta fazer o PDI se este não estiver alinhado com as suas crenças. Por outro lado, é fundamental sentir a reação do colaborador ao resultado da avaliação para perceber a disposição deste em aderir ao PDI proposto pela gestão como forma de evitar constrangimentos maiores e perdas de tempo e recursos que possam vir a inviabilizar o programa ou originar falta de envolvimento por parte do colaborador.
4. Definição de Estratégias – Etapa de desenvolvimento e desenho do plano individual, com clara definição da estratégia de melhoria onde se incluem as fraquezas em relação aos objetivos traçados pela organização, conciliando interesses pessoais e potenciando o individuo como um todo. A estratégia passa, normalmente pela introdução de pequenas tarefas diárias a aplicar na rotina do colaborador de forma a que as alterações desejadas possam ser assimiladas lentamente sem pressão. Esta técnica permitirá contribuir para o processo evolutivo do colaborador no sentido que se deseja. O melhor PDI é aquele que impacta a empresa de forma positiva e em simultâneo potencia o melhor do colaborador, motivando-o para o seu desenvolvimento pessoal.
5. Acompanhamento – É fundamental monitorizar todo o processo para que os objetivos definidos sejam alcançados em pleno. Por isso, ao longo do plano traçado, o «coach» ficará com a responsabilidade de alinhar, sempre que necessário, o foco do colaborador de forma a que este se sinta comprometido com o processo e sinta a sua evolução profissional conforme desejado.