28 de Outubro de 2023



Nae Vegan Shoes - De Portugal para o Mundo!




Uma marca amiga dos animais e do ambiente, para todos os gostos e ocasiões – a Nae.




Estamos em 2008. Paula, sempre teve um especial gosto por calçado, como a maioria das mulheres, mas o facto de ter adotado um estilo de vida Vegan, fez com que se tornasse muito difícil encontrar calçado bonito, confortável e animal-friendly. Havia falta de opções no mercado. Começa, assim, a aventura da criação de uma marca amiga dos animais e do ambiente, para todos os gostos e ocasiões – a Nae.

A Nae é uma marca de sapatos vegan para Homem e Senhora preocupada com a sustentabilidade ambiental, trabalhando com materiais naturais, reciclados e sustentáveis como a cortiça, o plástico reciclado (garrafas de plástico e não só), microfibras ecológicas, têxtil natural oriundo de fibras de plantas e borracha 100% natural.

Procurando, desde o início, ser uma marca alternativa para quem procura calçado português de design, com uma forte preocupação com o meio ambiente, a sustentabilidade foi uma aposta ganha no mercado.

Sob o olhar atento de uma gama de consumidores exigente e preocupado com a origem das suas matérias primas, o principal desafio foi encontrar bons materiais de trabalho e conseguir fábricas para fazer a produção.











Não é fácil iniciar uma marca. E torna-se ainda mais difícil quando o objetivo dessa marca é fazer sapatos e utilizar materiais sustentáveis e naturais na sua confeção. É preciso dedicar tempo a fazer pesquisas sobre novos materiais e conseguir fornecedores dignos e de confiança. Depois, é explicar às fábricas, que durante toda a sua existência fizeram calçado com recurso a pele, que é possível fazer sapatos recorrendo a estes materiais.




Não foi um processo fácil. Foi necessária muita persistência e segurança no produto que estávamos a apresentar”.

Um aspeto importante para o crescimento da marca foi a descoberta da fibra de folha de ananás. Pois para além da componente ecológica, por ser um material natural que resulta do desperdício, permite à marca o desenvolvimento da sociedade, já que promove a plantação do ananás junto das comunidades fornecedoras.

À parte disto a fibra de folha de ananás também consegue ser resistente e bonita o que nos permite brincar e construir modelos atrativos. É sem dúvida o nosso maior trunfo neste momento.

Hoje o mercado está mais aberto à proposta de valor da Nae e isso verifica-se na crescente procura por produtos naturais e sustentáveis.

Se olharmos para estes 11 anos, podemos dizer que houve uma clara mudança na forma de pensar de muito 

de nós. Toda a gente conhece pelo menos uma pessoa vegan ou já ouviu falar em movimentos como o ZeroWaste, por exemplo. Isto diz muito sobre o aumento do interesse, da procura de informação e da transformação na forma de pensar. Não foi sempre assim, mas neste momento o mercado está atento e aberto a marcas como a nae que só querem minimizar o seu impacto no meu ambiente”.

Destinando cerca de 70% da sua produção para mercados externos, o processo de internacionalização aconteceu de forma gradual. 

“Na verdade, no início desta aventura


(Artigo publicado na edição de março 2019)






 não fizemos grandes planos de internacionalização e, portanto, tudo aconteceu de forma natural”, afirma a empreendedora. A Nae conta já com uma forte presença internacional, sendo a mesma mais expressiva em mercados onde o veganismo se acentua mais como no caso da França, Alemanha, Reino Unido e EUA.

Tendo entrado no mercado fundamentalmente pelo canal online, potenciado pelas redes sociais e criando parcerias com os media, hoje sentem “a necessidade de ter um espaço físico que pudesse não só transmitir confiança a quem compra online pela  


 primeira vez, mas também proporcionar ao cliente um contacto direto com o produto. Para já estamos apenas em Lisboa mas em breve vamos abrir uma loja em Barcelona.”

Para o futuro está previso o desenvolvimento de novos produtos que complementem a coleção que já conta com sapatos, cintos, carteiras e sacos de algodão orgânico.

A quem quer empreender a empresa deixa o seguinte conselho “Fazerem um bom plano de negócios, isso é fundamental. E depois serem persistentes pois o sucesso pode não chegar logo.”





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