29 de Maio de 2024


ADRIANA GONÇALVES

Estrategista de Marca Pessoal






O poder das histórias na era da Inteligência Artificial



A Inteligência Artificial até pode dar estrutura, mas é a infusão da emoção humana que dá vida às narrativas.




N

o entanto, no meio deste mar digital também surge uma confirmação: o poder das narrativas e das histórias não é apenas relevante, mas crucial. Ou seja, a IA até pode realizar tarefas de forma eficiente, mas é o toque humano que realmente deixa impacto.

Pois, embora este recurso possa analisar textos e identificar padrões de linguagem, a sua compreensão por trás das palavras ainda é limitada em comparação com a capacidade humana de interpretar e apreciar histórias.

As marcas pessoais devem ser transparentes sobre os processos e valores, construir uma relação de confiança com o seu público. Aliás, já são muitos os empreendedores que querem conquistar a sua pegada digital e estão a perceber cada vez mais que o seu público anseia por conexões genuínas.

"As pessoas não compram apenas produtos ou serviços, elas compram relacionamentos, histórias e magia." - Seth Godin

 

Porque a resposta está na confiança, na transparência e na honestidade que vem nas narrativas que nos conectam a um nível mais profundo.

Contar histórias é uma das ferramentas mais poderosas que os seres humanos possuem naturalmente e quando nos identificamos com uma história, a realidade é que fortalecemos laços sociais e emocionais, algo que a IA para já ainda não consegue.

Estas narrativas dão um contexto significativo que ajuda as pessoas a lembrarem-se do conteúdo por mais tempo.

Ao invés de simplesmente apresentarem argumentos lógicos, as narrativas com base em histórias também são uma fonte de entretimento:

• Que nos faz viajar pelos sentidos (branding sensorial);

• Que nos inspira a movimentar de alguma forma;

• Que apela às nossas emoções e experiências pessoais.

Embora a IA simplifique os processos, é essencial lembrar que o verdadeiro envolvimento muitas vezes

reside nas nuances da expressão humana – nas imperfeições, na espontaneidade e na autenticidade crua da narrativa.

No entanto, também surge uma história de advertência – que pertence ao visual. O surgimento de imagens geradas por IA tem gerado debates, onde algumas pessoas veem isto como uma revolução na criatividade, enquanto outras pessoas condenam as suas implicações.

Anulamos a essência quando recorremos a IA para produzir imagens e diminuímos os anos de estudo, prática e refinamento que os fotógrafos passam para dominar o seu ofício.

Essência esta que acaba também por ser o diferencial competitivo mais poderoso de uma marca pessoal e que reside na capacidade de comunicar valores, paixões e experiências de forma eficaz.

É aqui que estas narrativas com essência oferecem uma oportunidade única para os empreendedores mostra­rem a sua visão ao incorporar os seus valores com o objetivo de construir uma comunidade em torno da sua marca.


 

 

 


Será mesmo que essa personagem robótica é o caminho a seguir?

Acredito que esta ferramenta seja um meio para um fim, mas que o verdadeiro poder reside na forma como usamos este recurso para amplificar a nossa humanidade, e não para diminuí-la.


Porque uma marca sem humanização corre o risco de se tornar impessoal.

 



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