CAROLINA MONTEVERDE
Fundadora da Smile Stories
A importância na Autenticidade na comunicação
Vivemos uma era em que somos constantemente bombardeados por mensagens, notícias, publicações, discursos, campanhas, anúncios – todos querem a nossa atenção.
capacidade de retenção do ser humano é de apenas 0,1% a 1% de todas as mensagens às quais somos expostos diariamente, por isso fazer parte dessa percentagem é um dos desafios da comunicação.
Um dos principais factores que cria conexão, gera confiança e, por conseguinte, fica na memória é a Autenticidade.
Ser autêntico na comunicação não é apenas falar com "naturalidade". É assumir um compromisso com a verdade, com os valores que nos movem e com a coerência entre o que se diz e o que se faz.
Num mundo que premeia a performance e a estética, ser fiel à nossa essência tornou-se, paradoxalmente, um diferencial competitivo.
Autenticidade não é sobre ser "perfeito"
Muita gente confunde autenticidade com espontaneidade total ou sinceridade sem limites – com expressões como “eu digo o que penso”.
Mas ser autêntico não é emitir
opiniões sem cuidado e respeito pelo outro.
É comunicar de forma alinhada com quem se é, com responsabilidade, presença e verdade. É não precisar vestir uma persona que existe só para agradar, vender ou encaixar.
A autenticidade não elimina o cuidado com as palavras.
Pelo contrário: ela exige mais consciência sobre o impacto do que comunicamos. Quando somos autênticos, a forma como nos expressamos carrega consistência, e isso gera confiança – um dos ativos mais escassos (e valiosos) hoje.
Por que a autenticidade importa tanto?
Porque ela tem um poder que nenhuma técnica substitui: o da conexão real de seres humanos com seres humanos.
Num mundo em que muitos tentam parecer o que não são, o público – seja ele um cliente, um parceiro, uma equipa ou uma audiência – desenvolveu um radar muito fino para identificar quando uma mensagem é forçada, manipulada ou artificial.
Por isso, quando a comunicação vem de um lugar genuíno, ela encontra eco. É como se disséssemos, mesmo
sem palavras: “estou aqui de verdade”. É essa humanidade que nos liga.
Autenticidade como estratégia (sim, ela também é)
Falar em autenticidade como valor humano é importante. Mas ignorar o papel estratégico que ela cumpre na comunicação seria ingenuidade.
Pessoas autênticas constroem reputações sólidas. Marcas autênticas fidelizam. Líderes autênticos inspiram.
A autenticidade torna a comunicação mais eficiente porque elimina ruídos: ela deixa claro quem você é, no que acredita, o que defende – e também o que não é.
E isso atrai as pessoas certas, filtra as que não são audiência, poupando tempo, energia e dinheiro.
Na era da sobrecarga de informação, não sobrevive quem fala mais alto – mas quem fala com mais verdade. Isso vale para campanhas, para apresentações, para e-mails, para reuniões e, claro, para as redes sociais.
Mas e se eu não for ouvido sendo eu mesmo?
Esse é um medo comum e há um risco na comunicação com autenticidade. Mostrar vulnerabilidades, opiniões pouco populares ou até uma forma