START&GO
1 de Julho de 2020





Em direção a um futuro digital mais inclusivo



O Relatório Inclusive Future da Cisco analisa o fosso digital e propõe ações para superar as barreiras existentes no acesso à Internet

 


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mundo está a digita­lizar-se: segundo o Cisco Annual Internet Report, em 2023 contabilizaremos 5.300 milhões de utilizadores de Internet (66% da população mundial) e 29.300 milhões de dispositivos conectados (50% dos objetos), sendo que a velocidade do 5G será 13 vezes superior à média das ligações móveis.

No entanto, atualmente, cerca de 3.700 milhões de pessoas (metade da população mundial) ainda não dispõem de acesso à Internet . As consequências desta situação tornaram-se ainda mais evidentes com a pandemia do Coronavírus: num cenário de distanci­amento social, a rede é fundamental para a telescola, o trabalho remoto, a tele­medicina e os serviços públicos.

No setor da educação, a pandemia “expulsou” das aulas presenciais mais de 1.500 milhões de estudantes em 188 países (72% do total), dando lugar ao ensino remoto – mas só para quem possui acesso à Internet.

Melhorar a conectividade também tem um efeito direto no crescimento económico: levar Internet a quem está, atualmente, desconectado representaria um acréscimo de 6.700 milhões de dólares para a economia global e permitiria ainda retirar da pobreza outros 500 milhões de pessoas .


Conectividade e acesso económico


No seu relatório The Role of Technology in Powering an Inclusive Future, a Cisco revela como a conectividade determina as oportuni­dades sociais e económicas. Os países com preparação digital escassa sofrem desigualdades que lhes limitam a riqueza, o acesso à educação, o sistema de saúde e outros serviços públicos, para além das oportunidades laborais.

Para superar este fosso digital e criar um futuro mais inclusivo, o Relatório assinala três barreiras principais a ultrapassar: conectividade, acesso económico e competências digitais. 

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Ainda que o acesso à internet seja considerado uma necessidade básica, apenas 35% dos países em desenvolvimento possui acesso generalizado à rede, contra 80% dos países desenvolvidos. Da mesma forma, as mulheres têm até 50% menos probabilidades de estar conectadas à Internet do que os homens. Finalmente, 87,5% do conteúdo online está disponível apenas num em cada dez idiomas.

Mas a conectividade não significa acesso imediato. A ONU define “Internet acessível” como um custo de 2% sobre as receitas mensais de uma conexão de dados de 1 Gigabyte. Ainda assim, a maioria da população não conectada vive na pobreza e não pode pagar esse valor.


Competências digitais


Muitas das pessoas não conectadas também não sabem utilizar os dispositivos digitais, as aplicações de comunicação e as redes. Ainda que 90% dos postos de trabalho já exijam competências digitais básicas, 23% dos adultos em todo o mundo ainda não sabe ler nem escrever em formato digital, um analfabetismo que é, de resto, quatro vezes mais provável nas mulheres do que nos homens. 

O Relatório da Cisco propõe um quadro de ação para superar estas barreiras e avançar em termos de conectividade, educação e inclusão social; para além disso, apresenta ainda algumas soluções inovadoras que já estão a ser desenvolvidas em vários países.

“A pandemia mundial pôs em evidência, mais do que nunca, que ainda existe um caminho a percorrer para ultrapassarmos as lacunas digitais existentes a nível social e empresarial”, comentou Miguel Almeida, Diretor Geral da Cisco Portugal. “As empresas, os governos e a sociedade em geral têm a obrigação moral de eliminar, o quanto antes, as barreiras à digitalização.”


Compromisso com a inclusão digital


A Cisco tem um sólido compromisso com a inclusão digital, destinando milhares de milhões de dólares a fomentar a digitalização e as compe­tências digitais. O seu programa CDA está a ser desenvolvido em mais de 30 países, incluindo Portugal, para acelerar os respetivos processos de transformação digital; em paralelo, a iniciativa sem fins lucrativos NetAcad já prestou formação sobre tecnologias digitais a 11 milhões de estudantes em 180 países.


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