GORETI SILVA
Gestora de projeto, Workbrand
Consumidor é único e individual
Num destes dias ao fazer uma sessão de consultoria, a cliente tinha a ideia fixa que o que funcionava para ela funcionaria, também, para os seus clientes.
ais do que propor as soluções adequadas para a implementação do seu projeto online, abordei na sessão o quão abrangente devemos ser e o quanto devemos entender as necessidades dos clientes, conquistar a sua confiança e não somente a sua atenção, tal como defende Ann Handley, uma das grandes especialistas em marketing de conteúdo. Na finalidade, tentei demonstrar como se tem vindo a desenhar o novo consumidor face à digitalização e evolução tecnológica.
Philip Kotler — considerado o pai do marketing, explanou nas suas obras literárias, a transição e evolução dos conceitos e agentes envolventes que desenharam um marketing mais inclusivo, não só focado no cliente, mas atento a fatores de várias ordens, determinando, mesmo, uma nova espécie de consumidor. Com mais autonomia e poder de escolha, assim como, mais envolvido e próximo das marcas.
O impacto do mundo tecnológico determinou conceitos e novas abordagens. Sobre o consumidor, assenta uma visão holística, onde o profissional, o social e o pessoal são fatores de relevo indissociáveis, conducentes a um “blended process”. Estes conceitos integrados geram insights que permitem às marcas o desenvolvimento de uma oferta extremamente personalizada e adaptada a determinado perfil. Kotler afirma no seu livro — Marketing 4.0: “… profissionais de marketing podem aumentar a produtividade ao entenderem os caminhos do consumidor na era digital.”
Novos mecanismos de atuação emergiram, e contribuíram para a definição de um “marketing à medida”. As plataformas são desenhadas e baseiam-se numa performance ajustada a perfis de utilizador, uma vez que o algoritmo está arquitetado para entender as intenções de procura e prever comportamentos.
Este trabalho de proximidade inclui o exercício de acompanhamento da jornada do cliente, que nada mais é do que o mapeamento da interação deste para com a marca. O que exige às empresas práticas de reajustamento e capacidade de resposta atempada no seguimento do percurso do consumidor. Esforço este que se caracteriza por alimentar os pontos de contacto de um indivíduo com ações que não somente conduzam à venda, mas que criem valor. Pois, a fraca lealdade às marcas ganhará cada vez mais evidência.
É neste contexto de singularidade que o trabalho de SEO (Search Engine
Optimization) tem-se desenvolvido. O foco está no utilizador cada vez mais atento e exigente, a premissa é elevar a sua experiência de navegação na internet, de modo a, superar as suas necessidades e curiosidades convenientemente.
O Google tem vindo a aprimorar esta ferramenta possibilitando instrumentos aos profissionais de marketing para que possam implementar nos projetos digitais as otimizações que além de influenciar as posições no motor de busca, permitam essencialmente, a referida boa experiência do utilizador ao visitar determinada página.
Se em tempos ouvíamos a questionável expressão “o cliente tem sempre razão”, perante a evolução e a transformação tecnológica, a asserção atual traduz-se em “O conteúdo e a sua forma é o caminho para a razão…”
Face à experiência de navegação, os critérios determinados pelo Google têm incidido na qualidade do conteúdo que é disponibilizado e qualidade de navegabilidade.