13 de Abril de 2021











MANUELA RIBEIRO

Consultora e criadora da metodologia THE CHOICE – service awareness





Manifesto de Motivação para tempos não previstos











Brendon Burchard é um coach americano a quem eu sou muito grata por todos os valiosos conteúdos que partilhou e partilha livremente. Conheci o seu trabalho em 2013 e aprendi imenso com ele, com o seu pragmatismo e clareza de comunicação, tornando sempre muito claro a importância da disciplina, do foco e de muito trabalho no atingimento das metas a que nos propomos.




U

m dos seus livros, o “The Motivation Mani­­festo” com 9 declarações de moti­vação, ganhou um destaque ainda mai­or nas atuais cir­cun­s­tâncias que to­dos estamos a vivenciar.

Este início de 2021 está a trazer mensagens muito claras – o mundo mudou mesmo - não há tempo para fazer de conta que tudo vai passar rapida­mente ou continuar a reclamar, é sim tempo de olhar de frente, forta­lecermo-nos interna­mente, estar­mos aten­tos para percecionar o que podemos fazer de forma diferente e agir rumo a esse mundo mais equilibrado e susten­tável. Este é um convite para se permitir olhar as declarações como uma forma de investigação, seja a nível pessoal, profissional, extrapo­lando para equipas de trabalho e até mesmo para a empresa como um todo. Experimente, acredito que pode ser muito gratificante e transformador.



A AÇÃO 

O NOSSO POTENCIAL COMPROMISSO COM AS 9 DECLARAÇÕES DE MOTIVAÇÃO, PODE SER EQUIVALENTE A 9 PROGRAMAS DE TRABALHO E A 9 POSSIBILIDADES DE MELHORIA DE PERFORMANCE.



The Motivation Mani­­festo


I - DEVEMOS ENFRENTAR A VIDA COM TOTAL PRESENÇA E PODER

Estamos aqui prontos para viver mais um capítulo das nossas histórias, como o queremos viver? Com a força e a coragem de nos sabermos capazes ou no lamento, na queixa e na desculpa de que isto não devia ser assim? O que a nossa equipa manifesta? Esta­mos prontos para seguir ou ainda a …? Sabemos que a situação é difícil, mas estamos prontos para fazer as mudanças necessárias, flexíveis, prontos para analisar dados e criar cenários? 

Testar novas soluções, falhar e continuar, sempre integrando o que aprendemos em cada etapa? Podemos trazer todo o poder da nossa mente consciente para a experiência atual?


II - DEVEMOS REIVINDICAR A NOSSA AGENDA

O que aconteceu à nossas agendas? Ficaram sobrelotadas com reuniões, com solicitações de todos os tipos, perante as quais pensamos que temos de responder a todos. Será mesmo assim? Que tipo de distrações podemos eliminar? Que planeamento podemos melhorar? Que partilha de responsabili­dades podemos criar?


III - DEVEMOS DERROTAR OS NOSSOS DEMÔNIOS

Em tempos de incerteza acrescida “eles” reforçam a sua presença, o medo, a dúvida, o deixar para depois, a critica fácil, a queixa, tudo é motivo para nos vermos como vítimas. O simples facto de mostrar disponibilidade para olhar para cada um deles, sentir a sua presença e os questionar é suficiente para que novas oportunidades possam surgir. As nossas vidas pessoais e profissionais são assim diretamente influenciadas por esta gestão dos nossos mundos internos. Quem tem estado no comando?


IV - DEVEMOS AVANÇAR COM CONFIANÇA

Dar o próximo passo é muitas vezes assustador, a intenção está clara, mas “saltar”                     

apresenta muitas dúvi­das, incertezas e as decisões vão sendo adiadas. Este momento está, no entanto, a exigir que muitas das intenções de medio e longo prazo se transformem em ações de prazo imediato. Que novos planos estão a ser desenhados? Que fatores críticos de sucesso foram identificados? O que é preciso superar?


V - DEVEMOS PRATICAR ALEGRIA E GRATIDÃO

­Estamos exaustos. Antes da pandemia já estávamos, o stress criado por vidas de corridas desenfreadas já marcava o nosso quotidiano, por isso vários movimentos de bem estar no ambiente organizacional come­ça­­ram a surgir. A pandemia veio agravar ainda mais essa situação, por isso ser tão importante mudar de perspetiva, recolocar o foco no apreciar, no encontrar a alegria nos momentos mais simples, porque eles continuam a existir. Como profissional como posso manifestar mais vezes alegria e gratidão para com os meus colegas, subordinados e chefias?


VI - NÃO DEVEMOS QUEBRAR A INTEGRIDADE

Quando os desafios se mostram mais intensos e a vida fica mais difícil, a tentação para abandonar alguns valores e seguir pelo caminho mais rápido, cresce e surge como a solução perfeita, no entanto o custo pode ser bem alto. Esta declaração ganha um destaque especial no ambiente de teletrabalho, quando as equipas conseguem manter o nível de performance, sem terem a chefia ao lado, quando o compromisso, perante os objetivos da equipa e da organização, se mantém exatamente igual.


VII. DEVEMOS AMPLIFICAR O AMOR

Existem palavras que parecem não ter lugar num ambiente técnico e profissional e talvez a palavra amor seja uma delas, mas será mesmo assim? O amor percebido como unidade e cooperação, como respeito pelo próprio e por isso mesmo pelos 


outros, como entrega sem troca, como alguém que está bem em si mesmo e por isso transborda esse bem para os outros, o amor percebido como servir, colocando o melhor em cada ação e em cada momento, será com certeza um incrível ato de coragem humana. talvez seja esta a mudança de consciência que a pandemia nos está a indicar e que nos pode mostrar o caminho para os modelos de organização do futuro.


VIII - DEVEMOS INSPIRAR GRANDEZA

Como subordinado, como chefia e como cidadão, todos temos a capacidade de inspirar grandeza e de contribuir para um maior equilibro da sociedade, dos negócios e do planeta, mas então porque é que isso nem sempre acontece? Esta é sem dúvida uma das declarações que nos toca profundamente e nos coloca a grande questão de sermos líderes de nós mesmos e dos grupos que chefiamos. Qual é o meu contributo dentro da minha equipa? Que tipo de inspiração comunico para os trabalhadores da minha empresa?


IX - DEVEMOS RETARDAR O TEMPO

A rapidez, a entrega para ontem, o “fast” passou a ser o nosso Mestre e nesse caminho fortalecemos o modo de piloto automático, perdemos o foco no mo­men­to, na presença e em muita quali­dade de vida. Nesse modo “fast” nem sempre identificamos um defeito de produção, percebemos o argumento de um colega, estamos abertos para ouvir a sugestão de um novo produto e assim toda a organização perde. 

Retardar o tempo significa criar mais foco no mo­mento presente, treinar a mente para que todo o potencial daquele momento seja valorizado e as reuniões serão mais produtivas, as ideias serão mais pro­fundamente discutidas e o desem­penho será mais gratificante. Estou dis­po­­nível para criar uma rotina diária para treinar a mente neste sentido?


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