PEDRO AMENDOEIRA
Partner na Expense Reduction Analysts
Todos têm um plano até apanharem um soco na cara
"Todos têm um plano, até apanharem um soco na cara” - foi com esta frase que Mike Tyson respondeu quando lhe perguntaram se estava preocupado com os planos de Evander Holyfield para o combate que se avizinhava.
os últimos dois anos, todos temos sido socados com violência. Todos os planos que fizemos pré-pandemia, fossem de trabalho ou lazer, tiveram que ser alterados ou cancelados. Sempre que a normalidade parece estar quase a voltar, algo acontece que a adia mais algum tempo, indeterminado.
Ainda assim, continuamos a fazer planos. No final de cada ano é comum fazermos listas do que queremos que aconteça durante os próximos 12 meses. Alguns chamam-lhes desejos, outros objetivos, as empresas chamam-lhe orçamentos.
Porque persistimos em fazer planos quando a realidade nos esmurra repetidamente de modo tão violento? Talvez seja porque somos humanos, e sem ter um propósito a vida nos pareça vazia de significado. Por isso afadigamo-nos a construir listas de tudo o que queremos fazer nos próximos tempos, planos para ultrapassar os desafios, metas a atingir.
Quando as pessoas não se sentem bem no seu trabalho - pelas razões apontadas ou quaisquer outras – começam a procurar soluções.
Porque a Start & Go é uma publicação dedicada ao contexto empresarial, vamos focar este texto no processo orçamental e nas suas inerentes limitações.