PEDRO AMENDOEIRA
Partner na Expense Reduction Analysts
Três, foi a conta que mal fez
Era uma vez um executivo que atribuía o seu sucesso à sua obsessão com o número três. Acreditava no poder místico desse número e que com ele poderia resolver qualquer situação. Se tinha de resolver um problema, pensava em três soluções. Planeando o futuro, equacionava três cenários. Discursando sobre qualquer tema, resumia tudo a três tópicos.
m dia estava perdido numa cidade estranha e pediu indicações a um desconhecido sobre como chegar ao seu destino. A resposta fez para ele todo o sentido “siga em frente, vire três vezes sempre na terceira à esquerda, caminhe reto mais 300 metros e chegará”. Seguiu escrupulosamente as indicações… e deu a volta ao quarteirão, acabando exactamente no mesmo lugar.
Por estranho que possa parecer, em muitas empresas esta obsessão com o número três está muito viva. Um dos seus sinais é que quando questionados quanto à política de Compras, acham que seguem excelentes práticas porque consultam sempre três fornecedores.
Se por hipótese estiverem a consultar fornecedores numa área de negócio em que existem 100 potenciais soluções, só por muita sorte estarão a consultar os três que melhor encaixam com as necessidades da empresa.
Mesmo tendo identificado os três melhores fornecedores, ou numa área