19 de Janeiro de 2022





CARLA SEPÚLVEDA

Vereadora na Câmara Municipal de Braga Pelouros Educação, Inovação e Coesão Social





Ano Novo: Metas e Resoluções Novas!











É comum, no início de cada ano civil, estabelecer metas e resoluções a concretizar no decurso do novo ano. Mas deverá ser também, e antes do seguinte, um momento de despedida do ano que agora se findou. 2021.




E

, desta forma, iniciar um processo de saída/entrada no novo ano. Tempo de reflexão, que nos leva ao conhecimento profundo sobre de que forma o conjunto de acontecimentos vividos nos tocaram e/ou nos afetaram; de que forma as contrariedades foram ultrapassadas; que experiências vivemos; o que foi aprendido; o que poderia ter sido enfrentado de um modo diferente; em que fomos bem sucedidas(os); que objetivos foram concretizados e quais não o foram e, principalmente, por que razão(ões). Não é um momento de lamentação, mas sim de reconhecimento, de aprendizagem para o presente, para o futuro mesmo que ainda desconhecido. Como dizia o poeta “…, o passado, já o não tenho.”

2021 foi um ano de retomas, algumas perdidas, muitas bem-sucedidas. Foi também mais um ano pleno de desafios a nível pessoal e a nível profissional. Vivido por pessoas e organizações.

2021 fica na memória coletiva por muitas razões.

Más, mas também, e felizmente, boas. Independentemente do credo de cada um, Portugal foi capaz de mostrar uma união e um movimento




 raramente visto na maioria dos Países que, tal como o nosso, enfrentam esta nova ameaça que congelou muitas das nossas aspirações mas que, por outro lado, potenciou um conjunto de novas experiências e o desenvolvimento de novas formas de estar quer na vida pessoal, quer no trabalho, quer enquanto sociedade, que de outra forma não seriam vividas.

Valeu a pena?

Um grito de revolta comum diria «Não»! Mas faz parte da nossa condição humana... Sairemos vencedores? Sim, se visto na perspetiva da aquisição de conhecimento e controlo desta nova ameaça, que como é óbvio nunca será eliminada.

E nesta entrada em 2022 somos “convidados” a estabelecer um novo conjunto de metas e resoluções que, por várias razões, não se concretizarão:

- Devido a fatores externos 

- Porque ambicionamos demasiadas coisas 

- Porque ambicionamos algo que realmente não queremos

Metas e resoluções devem ser a segunda etapa de um processo, de uma reflexão que começa com um olhar para o interior de cada um. O que realmente quero? O que me motiva? Onde devo colocar o meu foco?

A ideia é criar uma perspetiva, um sentimento profundo para o novo ano e uma base para a definição de metas e resoluções:

- (1) Qual o meu propósito de vida? 

- (2) Como me quero sentir? – mais saudável; em melhor forma; criar novas oportunidades; … 



 - (3) O que quero que aconteça na minha vida? – que aspetos devo enfrentar ou considerar, o que devo concretizar no decurso do ano de modo a que me sinta da forma descrita em (2)?


A energia flui para onde coloco o meu foco.

O mesmo poeta* dizia “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. …”. O presente: é o conhecimento do “eu”, da minha condição e do que quero para mim, com a convicção de:

. CAMINHAR, apesar das distâncias 

 . VENCER, apesar dos obstáculos 

 . SONHAR, apesar das desilusões 

 . SORRIR, apesar das angústias 

 . ACREDITAR, e jamais desistir













.... e de assim criar um futuro que ainda não é meu, mas que no final vai valer a pena!







Votos de um Ano Novo pleno de realizações!





*Fernando Pessoa – Livro do Desassossego “Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho”.


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